Durante o mês de julho de 2013, estivemos em uma caravana em Moçambique para espiar a terra. O Ministério Casa de Adoração, que tem como presidente o Pr. Wolneir Protásio, juntamente com a Pra Luciana, eles sempre em oração pedindo ao Senhor Jesus uma porta nas nações, foi onde nesta visita, o Senhor nos envolveu em Nampula, e as províncias ali.
Nessa nossa ida o Espírito Santo nos levou a entender profundamente o chamado nas nações, e como o povo clama para conhecer a Jesus Cristo, pessoas famintas pela palavra, esperando os pés dos missionários para espalhar as boas novas.
Ali, juntamente com o Pr. Wolneir e Pra Luciana, Pr. Adonias e Pra Valéria, Eu (Pr. Kalênio) e a equipe ali do Brasil que foram visitar, conhecemos alguns vilarejos e províncias da região, uma delas foi Quinga a 150 km de Nampula, acesso somente com estrada de barro, lugar com pouquíssima estrutura ou quase nada de estrutura para se viver mais de 40 mil habitantes. Os edifícios que estão levantados nesta província a grande maioria estão caídos, são só alguns que servem, um deles é o escritório da província, um tipo de prefeitura, esses edifícios foram feitos por portugueses a muito tempo atrás, além deste, um posto de saúde deteriorado, pouquíssima infra-estrutura, onde o "médico" é um agente de saúde e uma pequena escolinha que somente atende o ensino fundamental até o 5° ano.
Vide foto do Posto Administrativo de Quinga:
Estrada de Barro de Quinga até Nampula
Estivemos com a Secretária da província, onde nos recepcionou com muita cortesia, nos levou ao seu humilde escritório para atender as autoridades, a decoração do lugar é um pequeno birô antigo e uma bandeira do país, e umas cadeiras de madeira antiga. A mesma abriu o coração, contando as dificuldades e o desprezo das autoridades em atender aquela população que só não morrem de fome, devido a vida de pescadores que levam no mar.
Pediu nossa atenção para as crianças, pois queria uma vida melhor para Quinga caso o futuro daquela província não fosse trabalhado, e esse futuro está nas crianças, pois passam o dia carregando grandes cestos e descendo 5 km adentro pra pegar os peixes que os pescadores pegam para levar para o centro de Nampula e ganham uns míseros meticais (moeda do país) para fazerem esses serviços. Pois as crianças quando acabam o ensino até a 5ª série não tem mais o que fazer. (palavras da secretaria da província)
Pais e crianças indo esperar os barcos para levarem os peixes
Nos contou sobre a precariedade do atendimento a saúde, pois os medicamentos básicos só veem em 6 meses, e o que tinha naquele momento era Paracetamol o que durava até a próxima quinta daquela semana e não sabia quando viria mais.
Aquilo nos marcou muito, principalmente pelo apelo as crianças, a comunidade que vivem ali não vivem em casas de tijolos, são pequenas taperas de barros, cobertas com palhas, conforme foto abaixo:
Não é uma e outra casa, são todas as casas assim, nessas residencias, existe somente um fogão a lenha e para dormir, tem somente uma esteira de bambu, e um lugar para ficarem as roupas, geralmente um lugar feito de barro e nada mais. A maioria do tempo eles estão fora da casa, nos terraços, e ou nos matos a procura de madeira para o fogo para cozinhar a chima (alimento do dia a dia deles) juntamente com os peixes que conseguem devido ao trabalho de levar os cestos para a comunidade para os empresários levarem para Nampula, e essa é a vida deles.
Tivemos a oportunidade também de participar do Encontro Profético em Nampula, de responsabilidade da MCM (Missão Cristã Mundial), onde vários pastores se reuniram para fortalecer a unidade da igreja de Jesus Cristo nesta nação, uma unção tremenda tomou conta deste evento durante 3 dias.
Continuarei em outra postagem a publicar mais da nossa viagem.
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